Espera
Praça Alfredo Pujol aguarda revitalização há dois anos
Mesmo com atividades atrasadas, secretaria responsável pela revitalização garante que ainda este mês a população receberá o local
Jerônimo Gonzalez -
Gramado alto, espaços vazios e pouca iluminação. A situação da praça Alfredo Pujol, na Zona Leste de Pelotas, não teve grandes mudanças desde a demolição do local que a escola de samba Estação Primeira do Areal, em 2015, utilizava como sede. Uma decisão judicial posta em prática em julho daquele ano determinou a desapropriação do espaço ocupado - de acordo com o Ministério Público, de forma ilegal - pela entidade. A mesma decisão exige que o Executivo revitalize a praça já existente ali, além de criar um espaço para atividades esportivas.
A reforma foi viabilizada através de uma medida compensatória imposta sobre um posto de combustíveis instalado na região. Ela contemplava a instalação de duas quadras (uma poliesportiva e outra específica à prática de futebol), brinquedos e uma pista de skate, além de iluminação e lixeiras. Atualmente quatro bancos e alguns brinquedos podem ser vistos na praça. Estes últimos parecem novos, se observadas suas pinturas, mas possuem pouca utilidade, já que além de um escorregador em bom estado, um gira-gira com defeito e um balanço sem estrutura para sentar são os únicos itens da extensão.
O desmanche da escola de samba preservou uma arquibancada de concreto, cuja pintura foi feita há alguns meses pela prefeitura, de acordo com uma moradora do entorno. Esta construção deve ser utilizada para a quadra poliesportiva, que ainda não existe. O piso até agora não foi instalado e uma grande quantidade de capim tomou conta do espaço - área que atualmente acumula lixo.
A reforma ficou sob responsabilidade da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA). O encarregado pelo departamento, Felipe Perez, garante que a reinauguração do local está agendada para a última semana do mês. De acordo com ele, na quinta-feira, dia 9, seria realizada uma vistoria no local, para levantar as necessidades da área. "Preciso verificar a situação, mas todo o material foi comprado, falta apenas a instalação", afirma.
Os moradores da região não viam problemas com a escola de samba instalada no local. "Ela trazia alegria na época de Carnaval. Ocorriam atividades que a gente podia acompanhar, movimentava os vizinhos, todo mundo se sentia parte", lembra Rosa Freitas. Moradora da região há 30 anos, a aposentada relata que a equipe da prefeitura vai até o local com frequência para realizar limpezas, mas que além das estruturas para sentar e dos brinquedos, nenhuma modificação maior é visível.
O responsável pelos carros alegóricos da escola Estação Primeira do Areal, Leandro Domingues, lamenta as dificuldades que sua escola passa por conta do problema ocasionado pela falta de sede. "Vai ser muito difícil ela (escola) levantar de novo", acredita. Domingues conta que os carros foram guardados em um galpão com pouca estrutura, onde sofrem com a ação do tempo.
O que diz o Ministério Público
A reportagem entrou em contato com a assessoria do promotor Rodrigo Brandalise, responsável pelo caso, e foi informada de que a prefeitura está dentro do prazo para a entrega da revitalização. Desta forma, ainda não há como avaliar se a nova praça será aceita pelo Ministério Público.
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